Você sabia que 18% dos condomínios brasileiros já optaram por síndicos profissionais? De acordo com o Censo SíndicoNet, o percentual de condomínios que optam por essa forma de gestão triplicou em oito anos, passando de 6% em 2013 para 18% em 2021. Esse crescimento mostra algo bem interessante: muitos condomínios estão descobrindo que nem sempre um morador voluntário é a melhor opção para gerir seu patrimônio.
Mas aqui está o que você precisa saber: o salário do síndico profissional varia amplamente, entre R$ 1,5 mil e R$ 15 mil, dependendo de fatores como carga horária, número de unidades e complexidade do condomínio. Com números assim, fica claro que essa decisão precisa ser muito bem pensada.
Neste artigo, vamos mergulhar em dados reais para te ajudar a descobrir quando vale a pena contratar um síndico profissional e, principalmente, quando não vale. Todos os dados incluem fontes verificáveis e limitações – porque ser transparente é fundamental quando falamos do seu dinheiro.
Vamos começar pelo básico. Um síndico profissional é uma pessoa que você contrata para administrar seu condomínio, mas que não mora lá. Esse tipo de profissional atua nos condomínios com as mesmas responsabilidades, funções e atribuições de um síndico orgânico. A diferença é que ele não mora no condomínio e geralmente tem mais estudos, experiência, métodos e ferramentas que podem ser aplicados na gestão do condomínio.
Interessante notar que no Brasil, síndico profissional não é uma profissão regulamentada, portanto não há curso superior, mas é essencial que quem ocupa a função tenha capacitação, faça reciclagens frequentes e tenha experiência prática. Isso significa que você precisa avaliar muito bem as qualificações de quem está contratando.
Se seu condomínio tem muitas unidades, várias torres ou estruturas complexas como piscinas, academias e salões de festa, um síndico profissional pode fazer toda a diferença. Condomínios com instalações como piscinas, academias e salões de festa exigem mais dedicação do síndico, resultando em salários mais elevados.
A lógica é simples: quanto mais complexo o condomínio, mais tempo e conhecimento técnico são necessários para administrá-lo bem.
Aqui está um dado que pode te surpreender: a inadimplência nas taxas de condomínio no Brasil foi de 13,07%, na média de janeiro a outubro do ano de 2024. Conforme Censo Condominial 2024/2025, a média da taxa de inadimplência condominial no país fechou o ano em 14%.
Se seu condomínio está acima dessa média nacional, um síndico profissional pode ter ferramentas e experiência para lidar melhor com cobranças e negociações. Mas atenção: isso não é mágica – o profissional precisa ter histórico comprovado de sucesso nessa área.
Quando ninguém quer ser síndico, a solução óbvia é contratar alguém. Mas cuidado: essa situação pode indicar que o condomínio tem problemas sérios que precisam ser resolvidos primeiro. Pesquisas mostram que síndicos profissionais têm maior presença em estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, onde a demanda por gestão especializada é maior.
Um síndico profissional pode trazer imparcialidade para resolver conflitos, já que não tem vínculos pessoais com nenhum morador. Essa neutralidade pode ser valiosa em condomínios com histórico de brigas internas.
Se seu condomínio tem poucas unidades (até 20 apartamentos) e estrutura simples, o custo de um síndico profissional pode não se justificar. A remuneração pode ser baseada em unidades, com o valor girando em torno de R$ 50 a R$ 100 por unidade condominial. Para um prédio pequeno, isso pode representar uma despesa desproporcional.
Vamos ser sinceros sobre os números. Em um condomínio com cerca de 60 apartamentos e várias áreas comuns, o pagamento do síndico profissional pode ser algo perto dos R$ 5 mil, nas grandes capitais. Se sua taxa condominial já está pesada no orçamento dos moradores, adicionar esse custo pode ser problemático.
Se você tem moradores com experiência em administração, contabilidade ou gestão que estão dispostos a assumir o cargo, pode ser mais vantajoso apostar na gestão interna com capacitação adequada.
Além do salário do síndico profissional, considere:
Um síndico profissional competente pode gerar economia através de:
Mas atenção: esses benefícios não são garantidos e dependem totalmente da qualificação do profissional contratado.
Peça referências específicas de pelo menos 3 condomínios onde o profissional atuou. Verifique:
Um bom síndico profissional deve fornecer relatórios claros e detalhados. A gestão condominial exige um controle financeiro que permita planejar despesas e investimentos. Os melhores síndicos sabem que é fundamental garantir que o orçamento esteja equilibrado e que os recursos sejam usados de forma eficiente.
Embora não seja obrigatória formação específica, busque profissionais com:
Uma opção intermediária é investir na capacitação de um morador interessado. Existem diversos cursos capacitantes disponíveis para formação de síndicos profissionais, como os oferecidos pelo SíndicoNet e Instituto Pró-Síndico.
Algumas administradoras oferecem pacotes que incluem a figura do síndico profissional como parte dos serviços. Isso pode ser mais econômico que a contratação individual.
A decisão deve ser tomada em assembleia, seguindo as regras do Código Civil. O Código Civil especifica no artigo 1.347 que a eleição para síndico, profissional ou morador, é por prazo não superior a 2 anos, com reeleição permitida.
Estabeleça um período de avaliação de 6 meses para medir resultados concretos. Defina métricas claras como:
Então, quando vale a pena contratar um síndico profissional? A resposta depende de uma análise objetiva da sua situação específica. A crescente preferência por síndicos profissionais é um reflexo do aumento da complexidade da gestão condominial, que exige um especialista para lidar com questões financeiras, operacionais e legais.
Lembre-se: não existe solução mágica. Um síndico profissional é uma ferramenta – e como qualquer ferramenta, só funciona bem se for a certa para o trabalho e se for bem utilizada. A chave está em avaliar honestamente suas necessidades, seu orçamento e as opções disponíveis.
Limitações deste estudo: Os dados apresentados refletem médias nacionais e podem variar significativamente por região. Cada condomínio tem características únicas que devem ser consideradas individualmente. Recomendamos sempre buscar orientação jurídica antes de tomar decisões contratuais importantes.
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